O mundo de Azeroth nunca mais será o mesmo. Aliança e Horda estão prestes a entrar em uma batalha que nenhum dos dois lados imaginava, e uma guerra global é cada vez mais iminente. Um novo continente surge, e com ele, uma raça há muito esquecida: os Pandaren, um povo pacífico, que há muito vivia escondido, protegido por uma antiga magia. Mas agora essa região ressurgiu, e Pandaria está prestes a receber a visita de novos e nem sempre amistosos exploradores, que em breve irão mudar não apenas a antiga região, mas todo o destino de Azeroth.
Assim é o clima de 'Mists of Pandaria', a quarta expansão de 'World of Warcraft'. Anunciada em novembro passado durante a BlizzCon, a nova expansão não tem ainda uma data de lançamento, mas o MTV Games teve acesso detalhes desta nova jornada de WoW, em uma visita aos estúdios da Blizzard, na Califórnia.
Mists of Pandaria traz uma nova raça jogável ao mundo de WoW: os Pandaren, um povo panda de índole pacífica, que vive em harmonia com o ambiente de Pandaria, mas que ainda vive um conflito interno com os Mogu, uma raça violenta que costumava dominar o continente, escravizando as raças locais. Os Mogu ainda tentam voltar ao poder, hoje nas mãos dos monges Pandaren.
Aliás, os Monges são outra novidade da expansão: trata-se de uma nova classe, com movimentos e cultura baseados nas artes marciais orientais. Os monges podem escolher três especializações diferentes: mestre cervejeiro, tecelão e andarilho.
Toda uma nova dinâmica de combate chega ao jogo com os monges: apesar de poderem portar armas, seus golpes podem ser encaixados em uma seqüencia de combos, como em um jogo de luta. Garantimos: rolar com um panda gigante para cima de um grupo de inimigos, apenas para se levantar emendando um chute giratório nos que sobraram de pé é uma experiência das mais gratificantes.
Muito a se fazer
“Queríamos deixar o jogador com muita coisa para fazer, o tempo todo”, explica Tom Chilton, da equipe de criação do game. E isso parece ser realmente uma regra na nova expansão. Pandaria é um continente gigantesco, com sete novas áreas a serem exploradas. E para ter certeza de que os jogadores irão fazer isso, não será possível usar montarias voadoras na região até que o personagem chegue ao nível 90 no game – essa é outra novidade: até agora, o nível máximo para os personagens de WoW é o 85.
Meio que forçando o jogador a andar pelas regiões de Pandaria, a Blizzard consegue um de seus objetivos com a nova expansão: deixar os jogadores mais tempo dentro do novo continente, interagindo com seu habitantes e principalmente, ganhando a confiança deles. Mists of Pandaria tem tudo para ser uma das expansões mais imersivas de WoW até o momento.
E uma das maiores mostras dessa imersão está no fato de que os Pandaren não pertencem a nenhuma das facções do jogo. Inicialmente, eles não são nem da Horda e nem da Aliança, e cabe a você decidir de que lado seu personagem ficará quando atingir o nível 10. “Queríamos deixar isso na mão dos jogadores”, explica J. Allen Brack, diretor de produção de World of Warcraft. “O jogo sempre foi azul contra vermelho, e não vai ser diferente agora. Mas fazia mais sentido deixar os Pandaren como um povo neutro, já que eles são sugados para o meio do conflito de uma hora para outra”, explica.
J. Allen também conta que o próprio território de Pandaria irá mudar com o tempo. “A princípio, Aliança e Horda irão apenas explorar o local, mas é evidente que o conflito vai acontecer, e é claro que isso vai afetar o ambiente. Queríamos dar ao jogador uma experiencia mais completa”, conclui.
Muito mais pela frente
Para jogadores mais antigos de World of Warcarft, Mists of Pandaria pode ser a expansão mais importante do game até agora. Isso não apenas pelas novas raças e regiões, mas como um primeiro capítulo de uma série de mudanças que promete afetar toda a história do jogo como um todo. Segundo Chris Metzen, diretor criativo da Blizzard, a cada patch, novos caminhos irão mudar os rumos do enredo do game para o jogador.
“Pandaria não terá um capítulo final revelado logo de cara”, explica Metzen. “Ao contrário das expansões anteriores, onde você sabia que seu objetivo final era enfrentar o Lich King, ou matar DeathWing, Pandaria não tem um inimigo final. Na verdade, TEM, mas não dessa forma”, despista o produtor.
Na verdade, pouco depois Chris não agüentou e revelou o segredo final. Cada patch lançado para o jogo irá funcionar como uma mini-expansão, trazendo a evolução da história. Assim, a aventura final de Mists of Pandaria irá sendo lentamente construída, e um inimigo comum irá surgir tanto para a Aliança como para a Horda: Garrosh Hellscream, o líder da cidade Orc de Ogrimmar, terá seu poder contestado por ambas as facções, e vai chegar a hora de invadir Ogrimmar e acabar com o reino de terror de Garrosh.
E por mais épico que essa última campanha possa parecer, Chris Metzen garante: esse é apenas o início de uma série de acontecimentos que irão mudar os rumos de Worls of Warcarft.
Portanto, se você ainda não se mudou para Azertoh... não há momento melhor do que esse.
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